Fotos, fatos e histórias marcantes

Aqui você poderá ter uma ideia do que esperar de Berlim e Potsdam. Vamos desvendar lugares inesquecíveis, atrações impressionantes e momentos históricos que marcaram profundamente esse país e toda a humanidade.

Nosso saudoso escritor João Ubaldo Ribeiro viveu em Berlim durante um ano e descreveu muito bem a cidade no seu livro “Um brasileiro em Berlim”. Um dos episódios mais engraçados é quando ele relata que se ele contasse em Itaparica que no verão o sol se põe por volta das 22 horas, diriam que isto é história de pescador. Mas é a pura verdade, pois a quantidade de luz dos dias em Berlim varia bastante, dependendo da época do ano. No verão os dias são bem mais longos, podendo o nascer do sol se dar antes das 5 da manhã (dependendo do mês) e o pôr do sol só às 22 horas. Já no inverno os dias são curtos, começando a clarear só por volta das 9 horas e escurecendo já às 16 horas da tarde. Isso faz com que as pessoas no verão fiquem nas ruas até mais tarde e no inverno, que as vezes pode durar até 5 meses, a maioria anda com cara de poucos amigos.

Meteorologicamente falando o inverno só começa em dezembro, mas já a partir de outubro os dias começam a ficar cada vez mais curtos e cinzentos.

O inverno também é caracterizado pela falta de luz, frio e como mencionado, mau humor das pessoas, que via de regra está diretamente ligado à estas condições climáticas.

A primavera e o outono são duas estações exuberantes, com uma explosão de cores intensa. É interessante passear pelas ruas de Berlim nessa época do ano e notar como o astral das pessoas muda completamente.

No verão, quem caminhar pela cidade a tarde ou a noite encontrará bares sempre cheios. Fica a impressão de que aqui ninguém trabalha, mas a verdade é que os alemães trabalham para desfrutar a vida. Muitos trabalham de forma mais intensa no inverno, diminuindo a jornada quando chega o verão. Nessa época do ano, além dos cafés, as pessoas aproveitam muito também as áreas verdes da cidade. Parques, lagos e rios estão sempre rodeados de muita gente alegre e descontraída. Sem dúvida o verão é a melhor época para visitar esta fascinante cidade.

Praticamente desde o início da sua fundação oficial a cidade atraiu Judeus de várias proveniências com seus diferentes talentos, dedicação e sucesso. Ao longo da história da cidade, a história da comunidade judaica foi constantemente marcada por altos e baixos. Entretanto o significado de Berlin para a história judaica moderna é de extrema importância. Muitos dos temas, com os quais os judeus lidam hoje, como por exemplo reforma do Credo judaico, secularismo, assimilação, foram pela primeira vez formulados aqui em Berlim. Aqui praticamente foi „proclamada“ a ciência histórica judaica moderna e, como em nenhuma outra cidade europeia os Judeus passaram a fazer parte do dia a dia e ter uma importância fundamental nas áreas cultural, econômica, política e científica. Berlim não seria o que é hoje sem os Judeus. O legado deixado por eles em todas estas áreas é imensurável e a cidade enriqueceu muito em todos os aspectos.

A lista de nomes de Judeus berlinenses ou que viveram aqui é enorme e diversificada. Ela vai desde Moses Mendelsson, filósofo alemão do século dezoito, passando pelo poeta Heinrich Heine, pelo físico Albert Einstein, pelo compositor Felix Mendelssohn, pelos pintores Max Liebermann e Marc Chagall, pela política Rosa Luxemburg, por Olga Benário-Prestes, pelo filósofo Karl Marx,

citando apenas alguns. Dentro das personalidades religiosas destacam-se o Abraham Geiger, o reformador do Judaísmo, o Leo Baeck, Joshua Heschel entre outros.

Antissemitismo sempre houve, entretanto, o que aconteceu com a comunidade judaica durante o regime nazista foi algo sem precedentes. Mais de 55 mil judeus berlinenses foram deportados para campos de concentração e extermínio onde perderam suas vidas. A cultura outrora criada pela comunidade judaica e que tornou Berlim única, desapareceu e só ressurgiu de fato após a reunificação alemã. Como antes do regime nazista, Berlim é hoje a maior comunidade judaica do país. Hoje a cidade conta com vários Memoriais espalhados pela cidade para que as pessoas jamais esqueçam o que aconteceu aqui.

A vida judaica está florindo novamente e recebendo novo impulso através da imigração de judeus da antiga União Soviética bem como da nova geração de Judeus berlinenses. A cidade conta hoje com sete Sinagogas, há vários restaurantes e cafés judaicos e israelenses, lojas de produtos Kosher, concertos e outras atividades culturais e ainda um museu sensacional, o qual foi inaugurado em 2001 e relata 2000 anos de história teuto judaica.