Parques, lagos e florestas

Berlim é um ótimo destino também para aqueles que querem desfrutar da natureza. São inúmeros os Parques e praças, florestas urbanas, lagos, rios, lugares que proporcionam momentos de paz e tranquilidade.

No coração de Berlim encontra-se o Parque Tiergarten com 200 hectares de área e subdividido em vários jardins. Além do Tiergarten a cidade possui dois grandes parques que foram construídos para exposições nacionais de jardinagem como por exemplo o Jardim de Britz onde todos os anos acontece entre abril e maio a Tulipan (festival das tulipas) e o Festival das Dálias de agosto à outubro.

A cidade também dispõe de dois Zoológicos, um deles um dos mais antigos da Europa que conta com mais de 19.000 animais. Outro local interessante para os amantes da natureza é sem dúvida a Ilha dos Pavões, uma pequena Ilha no Rio Havel onde um dos reis prussianos costumava passar o verão com a família no século IX.

Arquitetura, urbanismo e paisagismo

A arquitetura de Berlim é bem eclética e a razão deste ecletismo está na própria história da cidade. Afinal arquitetura e urbanismo espelham sempre a história de uma cidade e nenhuma outra capital significante passou por tantos sistemas políticos diferentes em tão curto intervalo de tempo.

Cada mudança sofrida pela cidade deixou sua „impressão digital“ na arquitetura, bem como no desenvolvimento urbano, distinguindo Berlim de outras grandes metrópoles europeias. Em Berlim é possível fazermos uma viagem por estilos arquitetônicos de várias épocas, desde o gótico à arquitetura pós-moderna passando pelo barroco, neoclássico e o Bauhaus. Em consequência da II Guerra mundial muitos edifícios antigos tiveram que ser, em parte ou completamente, reconstruídos. Paulatinamente os parques e outros ambientes públicos foram revitalizados e surgiram novas áreas de lazer, como colinas que foram construídos sobre os entulhos da guerra.

Nos anos 50, com a cidade já politicamente dividida, houveram planos ambiciosos de reconstrução dos dois lados. Na antiga Berlim Oriental foi construída a avenida Stalinallee, hoje Karl-Marx-Allee, de proporções monumentais e de arquitetura historicista datada de 1953. Dentro do programa de reconstrução de Berlim Ocidental houve a primeira de três exposições

internacionais de arquitetura em 1957, a INTERBAU, a qual trouxe para Berlim famosos arquitetos da época como por exemplo Alvar Aalto, Le Cobusier, Walter Gropius, Oscar Niemayer entre outros.

Em 1961 o muro de Berlim dividiu brutalmente a cidade alterando a paisagem urbana. De repente o que era centro passou a ser periferia, muitas vias foram abruptamente interrompidas, lagos foram divididos. Após a queda do muro em 1989 e a reunificação em 1990, se fez necessário rearticular o espaço urbano e a infraestrutura de ambos os lados, adequando-se para sediar o novo governo da Alemanha reunificada. Para reconstruir, ou melhor, preencher os espaços urbanos que durante quase 3 décadas ficaram vazios em consequência do muro, vieram nos anos 90 arquitetos renomados como Renzo Piano, Richard Rogers, Arata Isozaki, Hans Kollhoff, Frank Gehry entre outros. Desde então, a cidade está mais uma vez se transformando, ganhando um novo rosto e novos tons de modernidade.

Gastronomia e culinária

Berlim vem se destacando nos últimos anos também pela sua culinária diversificada.

Com cidadãos de 192 nações vivendo em Berlim é de se esperar que esta multiculturalidade venha refletir diretamente na gastronomia. O prato típico da cidade não poderia deixar de ser uma Salsicha, a „CurryWürst“. Uma salsicha assada com molho de Curry e Quetchup. Entretanto, gastronomicamente a cidade vai muito além disso.

A oferta vai desde a cozinha alemã e regional refinada à asiática, passando pelo Fingerfood orgânico, pela cozinha molecular, vegana e vegetariana. Além, das feiras e mercados municipais com o Streetfood onde se pode comer muito bem. Com tantas opções fica difícil a escolha e por isso nada melhor do que ter alguém para orientá-lo e dar dicas preciosas!

Atrações turísticas centrais

Em Berlim há muito o que se ver e fazer. Aqui todo tempo é pouco. Muitos visitantes vêm apenas por dois ou três dias o que é uma pena pois, uma boa parte da cidade não é explorada. Coloco aqui uma breve descrição de algumas das inúmeras atrações da cidade. Vamos lá!

Portão de Brandemburgo

O único dos 16 portões de entrada da cidade que ficou intacto, é indiscutivelmente a atração mais famosa da cidade. Com uma história de mais de 250 anos, nenhuma outra edificação de Berlim simboliza e representa a divisão da cidade e do país como o Portão de Brandemburgo. Durante quase três décadas este monumento ficou isolado no meio da zona neutra - como era chamado o espaço entre os dois muros - sem que o cidadão comum tivesse acesso a ele. Ele já foi o símbolo da paz, símbolo da vitória, foi durante a guerra bastante danificado, mas sobreviveu. Hoje acima de tudo este monumento é, sem dúvida, o símbolo maior da reunificação alemã.

Edifício do Reichstag

Este edifício monumental espelha como nenhum outro a história da Alemanha dos últimos 125 anos. Desde 1999 ele passou a ser novamente a sede do „Bundestag“, em português Parlamento nacional. É certamente o único parlamento do mundo que passou por quatro regimes políticos, que já serviu como hospital durante a guerra, que tornou-se museu perdendo sua função original durante décadas. Foi literalmente empacotado pelo artista plástico Christo e sua esposa Jeanne Claude antes de ser reformado para abrigar novamente o Parlamento. Após a reforma, pelo renomado arquiteto britânico Sir Norman Foster, ele foi reaberto não apenas para os políticos, como também para os cidadãos do mundo inteiro, tornando-se assim um dos highlights da cidade. Isso mesmo, qualquer pessoa pode visitar o Parlamento alemão com sua cúpula extraordinária, a qual simboliza a transparência da política alemã.

Memorial do Holocausto

Inaugurado em 2005, o Memorial do Holocausto foi construído para lembrar os cerca de 6 milhões de Judeus europeus vítimas do regime nazista. O conjunto de blocos de concreto foi projetado pelo arquiteto norte-americano Peter Eisenman e, é sempre associado à túmulos. São mais de dois mil blocos com alturas diferentes e com um caráter labiríntico, que dá ao visitante uma sensação de desorientação. Este foi o propósito do arquiteto. No subsolo o visitante encontrará um centro de documentação, chamado Local da Lembrança, onde terá uma boa noção do holocausto. O centro de documentação está aberto de terças a domingo das 10 às 20 horas entre os meses de abril a setembro e até às 19 horas de outubro a março. A entrada é gratuita.

Praça Gendarmenmarkt

Ela é considerada a praça mais bonita da cidade. Seu conjunto arquitetônico com duas igrejas bem semelhantes e uma casa de concertos no centro, data do século XVIII. Uma das igrejas fora construída para os protestantes franceses, os Huguenotes, que por questões religiosas vieram para Berlim na segunda metade do século XVII. Ao redor da aprazível praça você encontrará vários e excelentes restaurantes, bares, cafés e a mais famosa chocolataria da cidade.

Praça Bebel

Uma das praças mais conhecidas da cidade que também leva o nome de Fórum Friedericianum pois, quase todas edificações históricas em torno da praça, foram construídas durante o reinado de Friedrich o Grande. Durante a guerra muitos foram bastante danificados ou praticamente destruídos como por exemplo a igreja católica de Sta. Edvigens, a catedral dos católicos berlinenses. A praça é muito conhecida devido a um episódio grotesco que aconteceu em maio de 1933, a queima dos livros. Mais de 20 mil obras de escritores, cientistas, publicitários, poetas alemães, cujas ideias não iam ao encontro das ideias do regime nazista, foram queimadas no meio da praça em frente à antiga biblioteca da Universidade.

Berliner Dom

Sem dúvida a igreja mais monumental da cidade e para uma igreja protestante, muito suntuosa. A razão para isto é que o último imperador alemão, Willhelm II queria uma igreja central para os protestantes prussianos como os católicos têm a Basílica de São Pedro. A igreja também é um memorial da antiga família real, vários membros foram nela sepultados. Durante a guerra a cúpula foi atingida por uma bomba, a qual destruiu em boa parte a nave central da igreja. O interior dela é de uma beleza ímpar e abriga o mais famoso órgão da cidade.

Forum Cultural

O muro não dividiu apenas a cidade e separou famílias, mas também impediu muitos berlinenses de visitar os museus situados no lado oriental. As coleções de arte também foram divididas e com isso, foi nescessário criar novos espaços para as artes em Berlin ocidental. Assim foi criado na década de 60 o chamado Fórum Cultural de Berlin à margem do parque Tiergarten e praticamente à margem do muro. Trata-se de um conjunto de museus, bibliotecas e da mais famosa casa de concertos da cidade, a Philarmonie, a qual foi a primeira obra a ser inaugurada. Para os amantes da arquitetura Bauhaus, aqui se encontra a última obra realizada por um dos grandes mestres da escola Bauhaus, o arquiteto e designer Mies van der Rohe. E para àqueles que se encantam com as obras renascentista, encontrará aqui a fantástica Gemälde Galerie, a galeria de pinturas. Entretanto, se a sua paixão é a música, o museu dos instrumentos musicais, também situado aqui, é o lugar perfeito. No fórum cultural também se encontram a biblioteca das artes, a biblioteca central da antiga Berlin ocidental, o museu de gravuras e o Gewerbemuseum – museus dos objetos, moda e design.

Nova Sinagoga

Construída em estilo mourisco, junto com a Sinagoga de Budapeste, ela já foi considerada a mais bonita de toda a Europa. Construída na segunda metade do século IX, foi uma das Sinagogas liberais da cidade. Durante a chamada noite dos cristais em 1938 ela foi muito pouco danificada devido à coragem de um chefe da polícia local, que conseguiu impedir que a incendiassem. Entretanto não foi poupada dos muitos bombardeios que atingiram Berlin durante a guerra e a maior parte dela fora destruída. Para a comemoração dos 100 anos ela foi restaurada. Hoje a Nova Sinagoga é um dos locais mais importantes para a vida judaica na cidade e está aberta à visitação.
Como ela fica localizada no „antigo bairro judaico“, há muito o que explorar nos arredores como por exemplo, os famosos pátios de Hacke (Hackeschehöfe) e outros, o local onde havia o mais antigo cemitério judeu da cidade, alguns memoriais interessantes e muito mais.

Ilha dos Museus

O conjunto de cinco museus que foram construídos ao longo de um século, foi em 1999 declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Nesta ilha, que fora antes da construção dos museus, os jardins do Berliner Schloss – o palácio de Berlin - estão abrigados dois dos museus mais famosos da cidade, o Pergamon com a famosa porta de Ishtar e a porta do Mercado de Mileto, bem como o Neues Museum com o famoso busto da rainha Nefertite. Ambos são imperdíveis.

Coluna da Vitória

Este monumento ficou conhecido com o filme „Asas do desejo“ do diretor Wim Wenders e através de um vídeo da banda U2. Foi construído para comemorar as vitórias das guerras franco-prussiana, austero-prussiana e da Prussia contra a Dinamarca, conhecidas como guerras de unificação, que ocorreram na segunda metade do século IX. A coluna é coroada com a Nike, a Deusa da Vitória e do topo tem-se uma vista maravilhosa para todo o parque Tiergarten.

Potsdamerplatz

Como um fênix a praça de Potsdam, em alemão Potsdamerplatz, „ressurgiu“ das cinzas após a reunificação. Durante os anos 20 foi um dos locais mais famosos e mais efervescentes de Berlim. Eternizada em muitas obras de arte, foi bastante danificada durante a guerra e tornou-se praticamente periferia da antiga Berlim Ocidental após a construção do muro. Hoje é uma área com edificações futuristas, local de entretenimento, com vários restaurantes, bares, cafés, teatro, salas de cinemas, hotéis, escritórios e moradias. Praticamente uma cidade dentro da cidade. Espetacular é o Sony Center com seu teto em forma de tenda e um jogo de luzes à noite.

Igreja Memorial Kaiser Willhelm

Situada no início da Kurfürstendamm, a avenida mais famosa do lado ocidental, esta Igreja, ou melhor o que restou dela após a guerra, passou a ser o símbolo da reconciliação e anti-guerra. Os berlinenses fizeram questão de deixar a „ruína“ da igreja como uma advertência. Ela foi construída no final do século IX em memória ao imperador Wilhelm I. Dentro há uma exposição interessante com objetos que pertenceram à igreja, fotos e uma maquete que mostra como ela era antes da guerra. Ao lado dela foi construída nos anos 60 uma nova igreja, que por fora não parece ser tão espetacular, mas por dentro é de uma beleza rara com seus mais de 20 mil vitrais e sua luz azul.

Palácio de Charlottenburg

Este foi o palácio onde residiu o maior número de reis prussianos. Começou a ser construído no final do século XVII como residência de verão para a então princesa e depois primeira rainha da Prússia, a Sophie Charlotte. Ao longo de dois séculos ele foi ampliado e modificado. No século XVIII Friedrich o Grande, após ser coroado, decidiu morar neste palácio e o amplia, construindo assim a ala nova. Com a queda da monarquia em 1918 ele passou então a ser um museu. Durante a guerra foi, assim como muitas outras edificações da cidade, bombardeado e a ala mais antiga, onde Sophie Charlotte passava o verão, foi quase completamente destruída. Nos anos 50 começou a ser reconstruído e restaurado. Por trás do palácio há um exuberante parque.

East Side Gallery

O muro de Berlim foi desde os anos 90 considerado a maior galeria de arte de rua ao ar livre. De fato, a East Side Gallery é também um memorial do muro. Trata-se de 1300 metros de muro que ficaram intactos e que nos anos 90 foram pintados por 118 artistas de 21 países. Esta galeria é composta por um pouco mais de 100 pinturas no lado do muro interno, as quais relatam as mudanças políticas que ocorreram entre os anos de 1989/90. A pintura mais famosa é a obra de Dimitji Vrubel denominada o “Beijo da irmandade“. Outra obra muito conhecida é a pintura “as cabeças“ do artista francês Thierry Noir. Como galeria ao ar livre ela está exposta aos desgastes relacionados às condições climáticas e, infelizmente, ao vandalismo. Nos dois últimos anos, após protestos, algumas obras foram pintadas novamente. Esta galeria fica situada no bairro de Friedrichshein-Kreuzberg à margem do rio Spree.

Arte e vida cultural

Já imaginou visitar uma exposição de arte em um Bunker, em uma antiga cervejaria ou até mesmo em uma capela de um cemitério? Sabe onde encontrará isto?

Exatamente, aqui em Berlim. Berlim é hoje um dos destinos culturais mais atraentes da Europa e o epicentro cultural da Alemanha. Já na década de 20, também conhecida como os anos dourados, a cidade transformou-se no coração cultural europeu atraindo intelectuais e artistas de todas as áreas e de várias outras cidades. Foi uma época marcada pela ruptura de velhos conceitos e pelas transformações, criando-se assim o „mito Berlim“. Durante o regime nazista a cidade perdeu seu brilho cultural, muitos artistas e intelectuais abandonaram ou tiveram que abandonar a cidade devido à ditadura. Após a reunificação a cidade tornou-se novamente atrativa para artistas e intelectuais,

que sabem sempre a importância de estar no local certo para buscar a inspiração.
Hoje, com tantas atrações culturais, e investimento nessa área, tem-se a impressão de que a cidade escolheu a arte como a melhor forma de lidar com o seu passado turbulento. Entretanto, não são apenas os inúmeros museus, galerias de arte, teatros, teatros de variedade, salas de cinemas, salas de concertos musicais, casas de ópera etc. que a tornam uma cidade ímpar mas, também a sua cena alternativa, sua subcultura, seus bares despojados, suas famosas baladas etc... Em Berlim você jamais ficará entediado.

Compras em Berlim

Berlim é sensacional para os que amam as compras!

Para quem deseja fazer compras em Berlim, a cidade oferece uma infinidade de opções, desde verdadeiros templos de consumo como as famosas lojas KADEWE e GALERIE LAFAYETTE, passando pelos famosos mercados das pulgas nos fins de semana (Flöhmärkte), onde encontramos muitas curiosidades e podemos pechinchar, até os brechós espalhados por vários bairros. Em alguns destes, como Prenzlauerberg, Friedrichshein ou Kreuzberg você encontrará lojas de designers e artistas locais, lojas deslocadas e despojadas, outras super criativas - que às vezes estão escondidas em um dos muitos pátios de edifícios antigos.

Você deseja um cinto personalizado? Não tem problema, em Berlim vai encontrar. Também para os amantes das antiguidades, Berlim é um verdadeiro paraíso, sejam obras de arte, de decoração, livros, móveis, carros, enfim tudo que se possa imaginar é possível encontrar aqui. Em um dos bairros da cidade há uma rua repleta de antiquários. Também podemos encontrar em Berlim inúmeras pequenas manufaturas, onde é possível acompanhar o processo de produção e comprar os produtos como bombons, mostarda, chapéus, roupas, bijuterias, acessórios, diretamente do fabricante. E se desejar, ainda pode criar seu próprio chocolate em uma das chocolatarias,

ideal para àqueles que viajam acompanhados com crianças.

Não posso deixar de mencionar os mercados municipais. Na cidade haviam muitos deles, porém ao longo das décadas foram desaparecendo. Entretanto nos últimos anos, alguns ressurgiram e estão vivendo um “revival“. É muito prazeroso visitá-los. Algumas feiras livres também são verdadeiras atrações, é o caso da feira na Maybachufer, no bairro de Kreuzberg às terças e sextas. Muitos dos comerciantes são de origem turca pois, assim começou a feira há várias décadas atrás. A feira é uma verdadeira atração, pois além de se poder comer muito bem e encontrar coisas diferentes e baratas, frequentemente músicos de variados estilos fazem sessões musicais. Mas se preferir uma feira com produtos orgânicos e ecológica, a feira na praça Kollwitz em Prenzlauerberg aos sábados é o local ideal e você poderá combinar visitando também as muitas lojas interessantes que há no bairro. O horário de abertura das lojas pode variar, contudo a maioria abre suas portas às 10 e fecham às 20 horas. Alguns shoppings centers fecham às 21 ou 22 horas.

Uma dica importante: Com exceção de 10 domingos ao ano, o comércio em Berlim é sempre fechado aos domingos.

De bicicleta por Berlim

Pedalar por Berlim é circular por um lugar em constante mudança desde a reunificação alemã até os dias de hoje.

A cidade se redesenhou para abrigar o novo centro político alemão, surgiram novos memoriais, uma arquitetura moderna, novos museus foram construídos e muitos outros reformados. Berlim é uma cidade extremamente agradável, e no verão seus moradores preferem se descontrair em uma das suas diversas áreas verdes e adoram pedalar.

A cidade é muito espaçosa, plana e, apesar de haver muitos carros nas ruas, é seguro e prazeroso pedalar pela cidade, contudo, sempre atento ao trânsito. É provável que você pedale distâncias bem maiores em Berlim do que na sua cidade, mas nem vai notar, de tão agradável, rápido e descomplicado que é.

Momentos históricos

Como muitas outras cidades alemãs, Berlim foi massivamente bombardeada durante a II Guerra mundial.

A partir de 1940 os bombardeios britânicos sobre o território alemão se intensificaram e foram menos restritivos, sendo cada vez mais direcionados às zonas industrias e finalmente à população civil. A partir de 1943 também os Estados Unidos reforçaram está política com o intuito de acelerar o fim do regime Nazista. Os aliados usaram bombas incendiárias, de fragmentação e de detonação retardada bem como o chamado bombardeio em tapete que varreu várias grandes áreas da cidade. Finalmente com a chegada do exército vermelho em abril de 1945 e a batalha de Berlim, a cidade foi ocupada e houve a capitulação, encerrando assim a guerra.

Em junho de 1945, as mulheres de Berlim receberam a ordem para remover entulhos e selecionar materiais para a reconstrução da cidade. As „mulheres dos escombros“, como ficaram conhecidas estas mulheres, dispunham apenas de ferramentas de

trabalho primitivas como baldes, tábuas e as próprias mãos. Selecionavam tudo que, de alguma forma, ainda pudesse ser útil para reconstruir a cidade. A reconstrução, entretanto, só começa após a divisão política da cidade nos anos 50. Em ambos os lados foi necessário construir novas moradias, melhorar ou reconstruir a infraestrutura urbana e algumas edificações históricas. Todavia, muito foi destruído também após a guerra e do lado oriental da cidade muitas edificações ficaram em ruínas até a queda do muro.

Desde a reunificação até hoje a cidade tem passado por muitas transformações, passou a ser de novo a capital do país e consequentemente investiu-se muito na infraestrutura, em novas edificações, na restauração e até mesmo reconstrução de edificações históricas no território da antiga Berlim Oriental, transformando Berlim em uma das capitais europeias mais interessantes e dinâmica.